A CHINA NO SEU MELHOR

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Compasso de espera

A empresa municipal para a gestão e exploração de espaços e equipamentos socioculturais e desportivos nasceu polémica e promete continuar polémica.
Ainda não está formalmente constituída, mas já provoca situações invulgares na política local - o PS desfaz-se em elogios ao PSD e o PCP assume publicamente a divergência com os vereadores eleitos nas listas da CDU.
Enquanto dura o compasso de espera, especialmente no que se refere ao real significado do comunicado da estrutura concelhia comunista - O secretariado da Comissão Concelhia de Évora do PCP «não se revê na posição de voto assumida pelos vereadores eleitos pela CDU na Câmara Municipal de Évora» -, as três forças políticas com representação autárquica vão optando por uma pausa estratégica que permita uma leitura segura dos «efeitos secundários» de um entendimento tripartido que causou incómodos e, pelo menos no caso do PCP, provocou fracturas.
No rescaldo desta reunião, PS e PSD reclamam vitória. Os primeiros porque terão conseguido resolução para dois casos difíceis - reconstrução do Salão Central Eborense e construção de um parque desportivo municipal, que passam a ser a prioridade da nova empresa -, os segundos porque promoveram o entendimento, impondo propostas que os próprios adversários classificaram de construtivas e livraram-se da «alcunha» de «muleta» do PS.
Uns e outros ambicionam chegar a 2009 em condições de ganhar terreno numa faixa do eleitorado tradicionalmente mais colada à CDU. É, portanto, no PCP que a unanimidade em torno da empresa municipal causou mais problemas.

Carlos Trigo, in “Notícias Alentejo”

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